...Esperas


Marcamos e esperei-o ali mais uma vez. E mais uma vez fique na espera, na esperança, na ansiedade, angustia. Algo me dizia que isso realmente iria acontecer, será que nosso amor esfriou? Será que fiz algo de errado? Mais uma vez não obtive resposta, realmente fiquei chateado o esperei por muitas horas. Levantei, sentei de novo e nada. Acreditei por algum momento que todos que passavam por ali sabiam quem eu estava esperando e zombavam de mim, mas pelo contrario as pessoas que ali passavam, já estavam com seus compromissos e obrigações, eu era só mais um otário que ficou horas esperando ele aparecer. O Dom Juan, que me fez acreditar que tudo o que ele me falou seria verdade até mesmo que iria me encontrar naquele dia e naquele horário. Será que ainda existem os Dom Juan’s?

Nunca tive uma noite tão angustiante, você volta para casa totalmente desmotivado, sem querer acreditar em metade do mundo e em mais ninguém, por algumas horas apareceu um nó em minha garganta principalmente ao ver o ponteiro do relógio anunciar meu horário esgotado. Precisava ir embora, baixei a cabeça, cisquei o chão com o pé, pus as mãos no bolso tentando me aquecer do frio e por instantes passou pela minha cabeça um conto de fadas, no exato momento em que eu estivesse saindo, ele chegaria chamando o meu nome, me pedindo perdão e dizendo o quanto me amava. Que bonito seria se realidade fosse!

Pensei também em sair me afastar do lugar e de longe observar se ele realmente iria aparecer. Fiz isso, procurei uma parte onde eu não estivesse tão em evidencia, parecia um diretor observando a cena, para poder corrigi-la. Esperei por demasiado, escorei o corpo em uma perna em outra e o meu relógio gritava as horas, eu realmente precisava ir embora, minha esperança foi torturante e me fez sustentar a ideia de que ele uma hora iria aparecer, bastava esperar e esperar.

Quando senti a primeira lágrima quatro por quatro dos meus olhos escorrer banhando o meu rosto, percebi que dentro de mim a esperança só me maltratara e sai deixando o “ali” como se fosse um cachorro, que perde seu melhor osso. Triste, magoado e enganado. Chorei o acumulado por muitos anos, mas consegui estancar aquela melosidade e procurei infiltrar dentro de mim o quanto eu ganhei em não encontrá-lo naquele dia. Talvez o erro fosse meu, não dei motivos para ele perceber o quanto aquele dia seria importante. Prefiro acreditar nisso!


Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo..."

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